A população da América Latina confia 65% mais em recomendações de pessoas conhecidas do que em publicidade em mensagens de texto no telefone. A informação é da pesquisa Confiança em Publicidade (Trust in Advertising) realizada pela Nielsen (NYSE: NLSN), líder global em medição de audiência e de resultados.
Cerca de um terço dos respondentes diz que não age quando é impactado por publicidade no telefone celular ou por banners online. Além disso, 32% afirmou não tomar decisões a partir de campanhas publicitárias em revistas e pouco mais de 30% em jornais, rádios ou mídias físicas externas.
Os anúncios que mais geram impacto na população latino-americana são com a temática de saúde (68%), situações da vida real (69%) e familiares (58%). Esse, aliás, é um padrão global; nas outras regiões do estudo, anúncios com as três temáticas inspiram mais confiança na audiência do que produtos apoiados por celebridades e esportistas.
“As pessoas confiam e se identificam em mensagens que geram impacto verdadeiro. Tudo o que soa falso perde credibilidade. Por isso, a temática de saúde, família e o bom e velho boca a boca se destacam na confiança”, afirmou a líder de Mensuração da Nielsen Brasil, Sabrina Balhes.
O boca a boca, por exemplo, lidera o Top 3 no ranking de tipos de publicidade julgada confiável, seguido por sites de marcas e eventos esportivos.
O Brasil é o país da América Latina que mais confia em publicidade veiculada na TV, assim como a Argentina, com 57%, seguidos por Colômbia (54%) e México (52%). O Peru é o país com menor percentual de confiabilidade em televisão (43%).
Embora a publicidade digital, em geral, seja vista como menos confiável em comparação com outros tipos de mídia, as opiniões do consumidor postadas online têm mais crédito do que a colocação de produtos na televisão e publicidade externa (como outdoors, por exemplo).
“Quando um consumidor expõe sua opinião, ele traz para a realidade a experiência com o produto. No mundo conectado e digital, isso equivale a uma recomendação boca a boca. Esta mensagem fala de algo real, verdadeiro, que deve ser levado em consideração”, disse Sabrina.
GERAÇÃO
O estudo da Nielsen identificou ainda questões geracionais relevantes tanto no Brasil quanto no resto dos países latino-americanos pesquisados. Por exemplo, homens da Geração Z (de 15 a 20 anos) e da Geração Y (35 a 49 anos) preferem os conteúdos humorísticos, que em geral impactam melhor na Argentina e no Peru. O México, porém, é o país com menor ressonância para eles.
No Brasil, os Baby Boomers (entre 50 e 64 anos) são os que mais confiam em anúncios de televisão, com 61% de aceitação. Logo em seguida, aparecem os jovens de 15 a 20 anos, com 60%, acompanhados da Geração Y (55%), mesmo percentual das pessoas com mais de 65 anos. Os Millennials (21 a 34 anos) são o grupo com menor aceitação (54%).
O estudo global Confiança em Publicidade da Nielsen foi feito em setembro de 2021, com 40 mil respondentes em todo globo (48 mercados), dos quais 5.500 na América Latina. Os países pesquisados no subcontinente foram: Brasil, México, Argentina, Chile, Colômbia, República Dominicana, México, Peru e Porto Rico.